Vencer um rival carioca correndo risco de rebaixamento dentro de sua própria casa não será fácil para o São Paulo, que no próximo domingo encara o Botafogo no Engenhão. Mas também não será novidade para o elenco tricolor, acostumado com este tipo de jogo.
Assim como agora, o São Paulo viveu situação semelhante para chegar ao hexacampeonato nacional, em 2008. Faltando exatamente três rodadas para o fim do Brasileiro, o Tricolor então líder da competição com os mesmos dois pontos que tem hoje de vantagem para o segundo colocado, à época o Grêmio, tinha pela frente um Vasco lutando para não ser rebaixado.
Nem as pedradas no ônibus da delegação na chegada em São Januário ou a pressão dos vascaínos que lotaram o estádio seguraram o Tricolor. Com gols de Jorge Wagner e Hugo o São Paulo bateu a equipe carioca dentro de sua própria casa, deu um enorme passo para o título, e ao mesmo tempo deixou o adversário em situação complicada - o Vasco acabou rebaixado para a Série B.
"A situação de hoje, pelo que apresenta, com certeza é muito parecida com a do ano passado. É muita coincidência ser mais uma vez um carioca, ameaçado de rebaixamento. Será uma batalha, uma guerra como foi em São Januário. Acredito que o lado psicológico terá muita importância, como teve na última temporada, e temos que nos preparar para esse jogo muito complicado", disse o volante Richarlyson, titular naquela partida.
Após aquele jogo, o time teria mais dois compromissos no Brasileirão, contra Fluminense e Goiás. E para o camisa 20 do Tricolor, a vitória em São Januário fortaleceu muito a equipe para os dois confrontos finais.
"Sabíamos das dificuldades do jogo, o Vasco era uma equipe muito forte atuando lá e vencer uma partida assim sempre fortalece. Saímos de lá muito fortes para o título", lembra. "Encaramos o jogo contra o Botafogo da mesma forma. Sabemos que vai ter muita pressão, o time deles vai dar a vida em campo, mas nosso time vai entrar focado apenas no nosso objetivo, que é vencer o jogo, independentemente da situação deles", ressaltou.
Para Richarlyson, a tranquilidade em campo pode fazer a diferença para o São Paulo vencer um time que sofre pressão pela luta contra o rebaixamento. "Em relação aos times que estão na zona de rebaixamento, eles jogam cada partida como se fosse vida ou morte. É uma sensação diferente de quem está à frente na tabela, porque se perderem pode não ter mais jeito de escapar. Temos que saber que eles vão se doar ao máximo e entrar tranquilos para não vacilar", finalizou o tricampeão nacional.
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